O que é um MVP ou mínimo produto viável?

Quem tem o empreendedorismo pulsando nas artérias deve estar sempre por dentro de todas as fórmulas, técnicas e procedimentos usados pelos grandes campeões do mercado, especialmente em sua fase inicial de operações. Uma dessas técnicas tem 3 letras e ajudou gigantes

como Facebook, Apple e Dropbox a se consolidarem em seus segmentos, sem gastarem horrores nos períodos iniciais. A sigla que você irá conhecer hoje é MVP (Minimum Viable Product, ou, em português, Produto Minimamente Viável): descubra o que significa esse termo e qual o diferencial que ele pode fazer no sucesso do seu negócio!

MVP & Lean Startup
Você mora em uma cidade que tenha metrô? Se a resposta é positiva, então você sabe, ao menos intuitivamente, o que é um MVP. Após um longo tempo de construção, uma nova estação de metrô é inaugurada, mas antes de ser aberta à “insanidade” do dia a dia, opera, discretamente, em “período de testes”. Durante algumas semanas, os usuários poderão conhecer a estação e fazer viagens experimentais, mas tudo em uma escala reduzida e em horários mais curtos. Estamos tratando, na prática, de algo que se assemelha muito ao MVP.

Ele está diretamente ligado aos conceitos de Lean Startup (Startup Enxuta), contidos no livro homônimo de Eric Ries e que tratam, em linhas gerais, de desenvolver estratégias para agir pontualmente em cada item que envolva desperdício de tempo, dinheiro ou recursos. O objetivo da concepção de Lean Startup é atingir a maior qualidade possível, gerando um time-to-market mais imediato e com menor nível de incertezas. Foi na esteira desse conjunto de ideias que o MVP começou a ganhar forma.

O que significa MVP e qual sua principal função?
É um conjunto de testes primários feitos para validar a viabilidade do negócio. São diversas experimentações práticas que serão desenvolvidas levando o produto a um seleto grupo de clientes… mas não é o produto final! Estamos falando em um produto com o mínimo de recursos possíveis, desde que (em sua totalidade) estes mantenham sua função de solução ao problema para o qual foi criado (não vale ser apenas funcionalidades soltas: juntas, elas devem configurar um produto, ainda que em forma de protótipo!). O empreendedor vai oferecer o mínimo de funcionalidades para conhecer na prática a reação do mercado, a compreensão do cliente sobre seu produto e se ele — de fato — soluciona o problema do consumidor.

Por que ele é útil para a sua startup?
As investigações qualitativas permitem à startup entender os “porquês” que estão por trás do comportamento de sua clientela, além de detectar falhas em seus produtos antes de seu lançamento integral e visualizar o que deve ser ajustado. Essa troca de informações com o ambiente externo possibilita também encontrar a melhor solução para aplicar preços, lançar produtos e serviços que sejam, de fato, inovadores. De quebra, essa técnica permite ao empreendedor perceber uma eventual mudança de demanda de mercado antes da concorrência. Nada mal, não?

O modelo parte do princípio de que é o feedback que deverá nortear o desenvolvimento de um produto, fazendo com que a empresa dê apenas o pontapé inicial para uma construção coletiva que virá em seguida.

Como definir o MVP? Como o realizo no passo a passo?
De início, o que deve ficar claro é que Minimum Viable Product (Produto Minimamente Viável) não tem nada a ver com entregar um produto mal feito antes de terminá-lo e jogá-lo definitivamente ao mercado. Não é entregar um software cheio de falhas para saber o que os clientes acham dele e apontem os problemas: é entregar um software que represente o produto final que está para ser entregue, mas que trará apenas uma versão mais “clean”, mais “enxuta” — mas que, no entanto, já é suficiente para resolver o problema para o qual foi desenvolvido.

1) Como primeiro passo , a dica é apostar em uma landing page. Ela será usada para apresentar o produto pela primeira vez ao mercado (ainda que na teoria), tendo como um de seus maiores objetivos, captar leads que serão usados como “cobaia” no processo de validação posterior.

2) O segundo passo é tirar, a partir das primeiras manifestações de seus leads, as hipóteses de testes, referenciais ou métricas que serão usados para o desenvolvimento. Serão então formulados os critérios a serem testados, as expectativas de retorno e qual o perfil de cliente que esse produto alcança.

3) Só após essas duas etapas iniciais é que sua startup poderá pensar na criação de um MVP para ser submetido a testes. Lembre-se de que o objetivo é gastar o mínimo de recursos possíveis, mas sem permitir que o produto deixe de ser um produto para ser só um conjunto de funções sem sentido.

Related Articles